quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Programa do governo estimulará troca de geladeiras velhas por novas

O governo está preparando um programa que pretende tirar de circulação milhares de geladeiras velhas, de forma a diminuir o consumo de energia e estimular o setor de eletrodomésticos, prejudicado pela crise financeira internacional. A idéia apresentada hoje (22) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, é criar um mecanismo de bônus-desconto para quem deseja trocar a velha geladeira por uma nova.“Esse programa estava sendo discutido antes da crise, quando ainda se falava da possibilidade de um novo apagão, há cerca de um ano atrás. Como 80% do programa era baseado na redução de energia, decidimos que era melhor desenvolvermos de forma conjunta com o Ministério de Minas e Energia (MME)”, informou Miguel Jorge, em entrevista à Agência Brasil.
O bônus e o financiamento para a compra de uma nova geladeira podem, segundo o ministro, ser baseados no conceito do programa Computador para Todos, que facilitou o acesso de camadas mais pobres da população à informática. O ministro estima que, em termos gerais, o programa resultará numa economia equivalente ao que é gerado de energia por uma turbina da Hidrelétrica de Itaip – em 2008 cada turbina gerou, em média, 5,26 gigawatts/hora, ou o equivalente ao consumo de energia elétrica durante seis meses na cidade de Campinas, em São Paulo. A inspiração para o projeto veio durante uma visita que o ministro fez a Cuba. “Pensei que seria interessante fazer algo similar no Brasil, porque aqui é muito comum comprar uma nova e deixar a outra consumindo energia em garagens ou churrasqueiras, o que é um problema para o país, bem como o gás CFC presente nos modelos antigos. Ele é altamente danoso à camada de ozônio e precisa passar por um processo químico antes de ser liberado para a atmosfera”, argumentou. Miguel Jorge explica que a loja responsável pela entrega da nova geladeira ficará encarregada de levar a velha para um ponto de reciclagem, para ser desmontada. “E depois de retirar o plástico, a empresa pode até transformar o que resta do eletrodoméstico em sucata de aço para ser enviada à siderúrgica”, sugeriu.

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