quinta-feira, 16 de abril de 2009

Presidente lança sua candidata

Nada que surpreenda ou agite o panorama político. Mas, pela primeira vez, o companheiro chefe, Luiz Inácio Lula da Silva, resolveu declarar, em programa de rádio, que a companheira-ministra, Dilma Rousseff, será, sim, a sua candidata a sucedê-lo no cargo. Disse de forma clara, com o cuidado apenas de afirmar que a eleição dela é outra coisa porque depende “dos brasileiros e das brasileiras”.
Ora, Dilma já havia, de há muito, encarnado a sua posição de candidata à Presidência, daí porque acompanhava Lula em todos os principais eventos, Brasil afora. Nos últimos tempos, o PT entrou na parada e passou a ajudar a candidata com a participação da sua militância nos tais eventos, especialmente, saudando a preferida com o grito de “Dilma! Dilma!” Aqui na Bahia tem sido assim. Só perdeu nos gritos num evento realizado com mulheres no Hotel da Bahia. Naquele acontecimento, foi vencida pela simpatia e simplicidade de Fátima Mendonça, a primeira-dama, a quem foram reservados os maiores aplausos.
O presidente Lula, ao declarar o nome da sua candidata à sucessão, não citou o PT e nem precisava. Ele é o PT e ponto final.
Quem dirá, por acaso, no partido, que a candidata não será Dilma? Quem se arvorará a fazer a menor restrição? Já vi isso, muitas vezes, aqui na Bahia, com uma imensa diferença: a candidatura era imposta e o partido silenciava, servil e cabisbaixo. Não sou petista.
Não tenho partido. Critico-os e voto em que me der na telha, quero dizer, conforme a minha consciência de cidadão.
Mas, se bem pensado, a diferença não é tão grande. Só que uma força, a de Lula, é democrática, goste-se dele ou não. A outra, pelo contrário, era impositiva: declarava-se a chapa e cobravam-se resultados.
Quem discordasse assumiria o risco das conseqüências.
Agora, com Dilma lançada, espera-se uma reação oposicionista.
O que o DEM-PSDB farão? Como reagir, para tirar a diferença se os oposicionistas estão com dois nomes, o de Serra e o de Aécio e, diante disso, terão que procurar um caminho sensato, sem refregas, para escolher um deles? Pois bem. Que Dilma seria a candidata de Lula se sabia.
Mas, agora lançada, o que farão os oposicionistas?
Por Samuel Celestino

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